domingo, 29 de junho de 2008

Cidadania

Todo cidadão deve exercer sua cidadania, reclamando quando estiver insatisfeito a respeitos dos serviços públicos fornecidos, como coleta de lixo, fornecimento de água, habitação, saúde, educação. Nesse sentido, é justamente, por meio da participação popular e pela realização de audiências públicas que se pode assegurar a transparência dos processos de discussão e elaboração do orçamento. E, nesse contexto, a Escola deve estar atenta, tendo em vista o conhecimento e participação dos seus estudantes.
Mensagem: É...
Gonzaguinha

É...
a gente quer valer o nosso amor
a gente quer valer nosso suor
a gente quer valer o nosso humor
a gente quer do bom e do melhor
a gente quer carinho e atenção
a gente quer calor no coração
a gente quer suar mas de prazer
a gente quer é ter muita saúde
a gente quer viver a liberdade
a gente quer viver felicidade
É...
a gente não tem cara de panaca
a gente não tem jeito de babaca
a gente não está com a bunda exposta na janela pra passar a mão nela
É...
a gente quer viver pleno direito
a gente quer viver todo respeito
a gente quer viver uma nação
a gente quer é ser um cidadão
É...
Os desejos apontados na músicas podem ser viabilizados?
A que ações somos instigados a realizar?

Ética


Os "meninos" da 303!!1
O que é a Ética?
A ética diz respeito ao entendimento geral sobre aquilo que é bom para o ser humano e facilita a realização das pessoas. No entanto, há uma cultura impulsionada por energias individualistas de enriquecimento fácil, condutas corruptas, enfim, uma amoralidade egoísta, colada a um conjunto de regras e maneiras de pensar contaminadas pelo utilitarismo e a desconfiança.
Mas que educação é necessária?
A UNESCO reuniu alguns dos maiores expoentes do mundo na Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI em 1993, que sob a coordenação de Jacques Delors resultou na publicação de "Educação: um tesouro a descobrir (1996)". O livro traz uma abordagem de forma didática sobre os quatro pilares de uma educação para o novo século, tendo em vista o trabalho de pessoas comprometidas em buscar uma educação de qualidade.
O autor enfatiza como principal conseqüência da sociedade do conhecimento a necessidade de uma aprendizagem ao longo de toda vida, fundamentada em quatro pilares, que são, concomitantemente, do conhecimento e da formação continuada. Diz o texto na página 89: “À educação cabe fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permite navegar através dele.
Dessa forma, há que se caminhar em harmonia com a natureza, socialmente solidários, politicamente participativos, respeitosos dos direitos humanos e dos valores culturais, gerando desenvolvimento economicamente saudável. Tarefa difícil, mas que deve ser pensada, refletida e levada à ação.

Novos paradigmas


Formular outro desenvolvimento é muito difícil, pois precisamos rever as idéias, os valores, as energias que sustentam as práticas que fazem o desenvolvimento. É um convite a reformar o nosso pensamento? Acredito que é um dos caminhos. Por exemplo, o culto ao crescimento indiscriminado revela hegemonia, e não pode ser facilmente abandonado. Nesse paradigma do culto ao crescimento econômico, a ética vem sendo substituída pela retórica da produtividade, da lucratividade e da competitividade.Socializo algumas idéias de um dos pensadores mais lúcidos da contemporaneidade:

"Sonho com um jardim. Todos sonham com um jardim. Em cada corpo, um Paraíso que espera... Nada me horroriza mais que os filmes de ficção científica onde a vida acontece em meio aos metais, à eletrônica, nas naves espaciais que navegam pelos espaços siderais vazios... E fico a me perguntar sobre a perturbação que levou aqueles homens a abandonar as florestas, as fontes, os campos, as praias, as montanhas... Com certeza um demônio qualquer fez com que se esquecessem dos sonhos fundamentais da humanidade. Com certeza seu mundo interior ficou também metálico, eletrônico, sideral e vazio... E com isto, a esperança do Paraíso se perdeu. Pois, como o disse o místico medieval Angelus Silésius:

Se, no teu centro
um Paraíso não puderes encontrar,
não existe chance alguma de, algum dia,
nele entrar.

Este pequeno poema de Cecília Meireles me encanta, é o resumo de uma cosmologia, uma teologia condensada, a revelação do nosso lugar e do nosso destino:

"No mistério do Sem-Fim,
equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro:
no canteiro, urna violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o Sem-Fim,
a asa de urna borboleta."

Metáfora: somos a borboleta. Nosso mundo, destino, um jardim. Resumo de uma utopia. Programa para uma política. Pois política é isto: a arte da jardinagem aplicada ao mundo inteiro. Todo político deveria ser jardineiro. Ou, quem sabe, o contrário: todo jardineiro deveria ser político. Pois existe apenas um programa político digno de consideração. E ele pode ser resumido nas palavras de Bachelard: "O universo tem, para além de todas as misérias, um destino de felicidade. O homem deve reencontrar o Paraíso." Rubem Alves
Disponível em:
http://www.rubemalves.com.br/jardim.htm

Esperança







"Jamais tire a esperança de alguém.
Pode ser a única coisa que ainda lhe resta." "Desconhecido"

DESAFIOS

O atual estágio civilizatório é praticamente insustentável.
Vejamos alguns dados:
Na Terra, que hospeda cerca de 6,3 bilhões de pessoas, 15% vivem em países ricos e consomem 56% dos recursos mundiais; 40% vivem em países pobres e representam 11% do consumo (Effeto uomo..., 2002);
Ø Apenas 358 pessoas são possuidoras de uma riqueza acumulada superior à de 45% da população mundial (Kliksberg, 2001);
Ø Um mundo só não basta: se cada habitante do planeta se comportasse como o habitante médio de um país de alta renda, precisaríamos de 2,6 planetas para satisfazer às necessidades de todos (Effeto uomo..., 2002);
Ø rendimento real por habitante na África ao sul do Saara baixou de 563 dólares, em 1980, para 485 dólares, em 1992 (Delors et al., 1996). Esse rendimento continua caindo, inclusive com o recuo da participação da África no comércio internacional.
Somos desafiados a formular outro tipo de desenvolvimento?

sábado, 28 de junho de 2008

Questionamentos relevantes

- Os caminhos trilhados para o desenvolvimentos têm obtido que resultados?
- Em que medida o prosseguimento nos rumos presentes conduzirá à solução dos problemas?
- Como introduzir o conceito de solidariedade, cooperação, parcerias, complementaridade, cuidado e beleza nos processos de desenvolvimento local?
-A educação estaria inserida nesses processos?
- Quando tratamos de aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser os quatro pilares da educação para o presente século (Delors, 1996) , há alguma relação com as formas pelas quais a sociedade produz e distribui riquezas?
- Enfim, os valores sociais, a que a educação está intimamente ligada, têm alguma relação com o desenvolvimento e com o bem-estar do homem?

Formandos em Foco: ações locais, mudanças globais

Turma 303 - Pátio interno da ETE 25 de Julho -
Atualmente, assuntos de responsabilidade social estão na pauta das discussões de atores sociais, tanto relacionados à gestão pública como na vida dos negócios em geral. Aqui o foco recai sobre a pública. Considerando que a gestão pública, é pública, justamente, porque pertence a todos, e que todos somos parte de uma cultura e de uma teia de relacionamentos, à medida que os grupos sociais criam atitudes, identidades, crenças e valores dentro de determinados padrões culturais, então a questão é essencialmente cultural. Isso resulta numa construção social heterogênea, ou seja, há energias sociais procurando identidade dentro da diversidade.
É, justamente, o poder interior de cada pessoa, de cada gestor público, que faz a interface entre o mundo exterior e o mundo interior. Como nos sugere Frei Betto, os valores mudam as pessoas e, se mudando, as pessoas mudam o mundo. Dessa forma, acreditamos que a educação pode ajudar na compreensão sobre o mundo, em como lidar com as mudanças deste final/início de milênio, oportunizando o desenvolvimento do potencial humano das pessoas envolvidas no processo. E, para isso ter impacto social, necessitamos de uma sociabilidade rica em relacionamentos de confiança e reciprocidade, de acesso à informação, de diálogo.
Que valor tem tais “valores”?
Eles dão sentido à vida, dão significado as formas como as pessoas se experimentam a si mesmo, do conteúdo que atribuem a seu próprio valor. O que podemos refletir sobre a pobreza, as desigualdades extremas, a destruição ambiental, a corrupção e a exclusão social presentes em nível mundial? Somos desafiados a formular outro tipo de desenvolvimento. E a educação é uma das formas que o sujeito adquire condições de participar da sociedade de modo consciente, inteligente, crítico e criativo, podendo se expressar no reconhecimento dos direitos humanos.