quarta-feira, 29 de julho de 2009

Valores: responsabilidade de todos

Lourdes Maria Rosa
No decorrer dos tempos, mudanças culturais, econômicas e sociais levaram nossa juventude a ficar cada vez mais independente e incoerente; ela não leva mais as leis, familiares e educacionais a serio; não se sente responsável pelos próprios erros e não assume as consequências de seus atos. Com isso, essa nova geração se tornou mais livre e mais libertina, tendo como consequência a violência e a criminalidade.
Mas, que valores a sociedade passa a essa juventude? Valores materiais, seria a resposta, ao dar ênfase a corrupcão, existente em todas as esferas sociais. Ou seja, o que importa e ter bens e dinheiro, não importando os meios para isso, incentivamos a agressividade e a irresponsabilidade dessa nova geracão.
Todos tem uma parcela de responsabilidade. O Estado que se preocupou com quantidade de alunos e não com a qualidade de ensino. A familia, com o corre-corre da vida atual, prioriza o trabalho como forma de suprir as necessidades materiais impostas pela sociedade capitalista. A escola, que usa um modelo retrógrado (fordismo), ou seja, a escola como linha de producão em série, tendo como prioridade a aprovacão no vestibular, na melhor das hipóteses, ou simplesmente cumpriu a legislacão.
Sendo nossa maior realizacão humana a felicidade, so poderemos efetivamente caminhar em direcão a ela mediante uma capacitacão e um exercício para o hábito de pensar bem.
Cidadania se adquire de verdade quando o cidadão tem parâmetros e condicões para exercitar plenamente sua cidadania, o que não pode fazer se houver impedimentos burocráticos ou de expressão pessoal.
Educar para a emancipacão e acreditar que merecemos formar estudantes preparados para uma vida mais razoável, mais profunda, mais feliz. N?o e simplesmente trabalhar para atender imposicões de prazos e metas e provas, a fim de gerar pessoas conteúdistas e pragmáticas, grandes decoradoras de conteúdos e máquinas de pouca reflexão.
Quando chegarmos ao ponto em que muitas pessoas tenham entendido isto, e quando pudermos todos discordar (filosoficamente) inclusive disto, procurando na interseccão das palavras o que melhor venha a construir um discurso coerente, ent?o seguiremos, todos rumo a uma sociedade mais justa e mais igualitária.
Como diz o existencialista Jean Paul Sartre: ?Não importa o que fizeram com você. Importa o que você vai fazer com o que fizeram de você. Vamos assumir nossa parcela de trabalho por um mundo melhor. Todos temos capacidade de nos tornamos um ser humano melhor. Boa sorte.
Disponível em
http://www.profissaomestre.com.br/php/verMateria.php?cod=3866

Lourdes Maria Rosa, pedagoga, pós-graduada em Gestão Escolar e Gestão Ambiental. Professora do Ensino Fundamental I e Mediadora Pedagógica em cursos EAD do SENAI-SP

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial